Sinal dos tempos?

  • 10 de abril de 2015

Por Miguel Setermbrino E. de Carvalho – pres. Conselho Consultivo SECOVI/DF

Tenho um amigo que diz que sempre quando chega a um país ou a uma cidade que não conhece e deseja saber como caminha a economia local, procura prestar atenção na quantidade de placas de vende-se ou aluga-se imóveis espalhadas pela rua. Se forem muitas, ensina-me, é sinal de que a situação não vai nada bem.

Sorte que esse amigo não frequenta muito Brasília e não corre o risco de se assustar, pois ao passar por certos logradouros da cidade, em especial a W3 Sul, terá a medida exata da hecatombe econômica que nos assola. A outrora principal artéria econômica da cidade é hoje um espantalho do que foi, largada às traças, com centenas de imóveis comerciais fechados, gerando prejuízo e insegurança para a população.

Projetos de revitalização, como o mais recente VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), pensado para a Copa do Mundo (seria um dos legados), vão sendo postergados para as calendas e a via relegada a um abandono que só faz aumentar sua degradação, tornando qualquer recuperação futura muito mais onerosa e, talvez por isso, inviável.
E a situação se espraia para toda a cidade, ao ponto de se alguém dispuser de recursos para comprar um imóvel em Brasília, o momento é mais que propício. E se puder pagar à vista, então, as possibilidades de realizar um excelente negócio aumentam exponencialmente.

Mas, a verdade é que, depois de muito tempo, finalmente o poder de barganha passou para a mão dos compradores, invertendo uma tendência que parecia imutável na capital. Nos dois últimos anos, a queda na venda de apartamentos novos e usados foi da ordem de 12% e a quantidade de lançamentos caiu, principalmente, no Setor Noroeste, que registrou uma queda de 42%.

E agora, aqui e ali já é possível entreouvir trechos de discursos de que a crise econômica atingiu o mercado imobiliário candango, já com força de tsunami e não mais aquela marolinha, e se encarregou de fazer com que os operadores começassem a baixar os preços. Sinal dos tempos?

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