O mercado imobiliário e a crise política, econômica e social brasileira

  • 6 de fevereiro de 2015

Miguel Setembrino Emery de Carvalho

Se existe uma palavra que o mercado imobiliário, seus operadores e agentes realmente detestam, essa palavra é crise! Afinal, o segmento tem como matéria prima a oferta de um futuro melhor, e nada pode embaraçar e atrapalhar tanto essas expectativas otimistas quanto um cenário como o que se apresenta neste momento em todo o Brasil, quando os principais componentes do tecido social se esgarçam, ficam rotos, mostrando desavergonhadamente que o rei está nu.

Em nosso caso específico – que fazemos das transações imobiliárias muito mais que um meio de vida, mas também um fator de aquecimento econômico e justiça social – o que fazer quando junto à perplexidade se associa a paralisia, uma vez que entramos todos, cidadãos e Nação, em estupefaciente compasso de espera, para ver o que vai dar, para ver como é que fica?  Afinal, como convidar ao consumidor espremido por elevações de impostos e perda de garantias trabalhistas que invista suas parcas economias?
Não tem sido alvissareira a busca por respostas e soluções, ainda mais quando por parte da equipe econômica de Dilma 2, em uma de suas primeiras ações com vistas aumentar o superávit primário, achou por bem majorar a taxa de juros dos financiamentos para imóveis acima dos R$ 750 mil. Causa espécie tal medida, por ser justamente a política habitacional, através do Minha Casa, MinhaVida, um dos pilares da popularidade e de acerto macroeconômico dos governos petistas, inclusive o de Dilma 1.

Vivenciamos uma quadra interessante e preocupante da história contemporânea brasileira, quando a falência múltipla das instituições, dos homens públicos e dos ideais republicanos, joga-nos a todos na vala comum da impotência e do desânimo. Não há espaço para cassandras agourentas, mas não como não concordar que o vácuo é perigoso e as alternativas postas alarmantes, ainda mais se não submeterem-se aos rituais democráticos já consagrados no Brasil pós-ditadura. Quanto a nós, só queremos trabalhar e produzir em paz, com decência e integridade.

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