Em sintonia, um grupo de empresários do setor produtivo se reuniu com deputados distritais para discutir os planos de modernização da gestão pública do Distrito Federal, anunciados pelo governador Rodrigo Rollemberg. O objetivo do grupo é o de debater um pacto paralelo ao proposto pelo chefe do Executivo. Boa parte das mudanças, voltadas para amenizar a grave crise econômica do DF, desagrada o setor produtivo, como o aumento da Taxa de Limpeza Urbana (TLP) e a alteração na base de cálculo utilizada para a cobrança do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). As mudanças serão propostas por meio de projetos de lei que serão apreciadas pela Câmara Legislativa.
Durante o encontro, os deputados distritais criaram a Frente Parlamentar Brasília Sem Crise, composta por integrantes da oposição e também da base aliada. O colegiado se comprometeu em avaliar com muito cuidado os impactos antes de apoiar propostas que tragam mais encargos ao setor produtivo. Outro ponto de consenso é o de que o governo passa a sensação de paralisia, o que, na avaliação de empresários e deputados, enfraquece qualquer tentativa de superar a crise financeira.
Segundo o presidente do SECOVI-DF, Hiram David, que esteve presente ao encontro, o aumento de arrecadação não pode ser a palavra de ordem na difícil luta de reequilibrar as combalidas finanças do DF. “É inconcebível que o Executivo sufoque mais ainda aquele que produz e alavanca a economia do país. Qualquer ajuste deve levar em conta que o setor produtivo já sofre com uma carga tributária altíssima, o que leva à perda de competitividade”, avaliou.
Hiram David criticou as mudanças pretendidas na cobrança do ITBI e pediu mais sensibilidade do governo com o cidadão. “Não vejo justificativas para que o GDF arbitre valor superior ao declarado em escritura. Há de se presumir a verdade, além do que, com os atuais mecanismos de controle fiscal, como a inteiração da Secretaria de Fazenda com a Receita Federal, a atuação do COAF, as declarações à DIMOB, por exemplo, praticamente bloqueiam valores de escritura inferiores ao efetivamente comercializado”, afirmou. Ainda segundo o presidente do SECOVI-DF, o que se percebe, recorrentemente, é cálculo do ITIBI superior ao preço de mercado, o que é uma grande injustiça social. “E o GDF pretende majorar ainda mais essa base. Clamamos atenção e sensibilidade dos senhores deputados da CLDF”, reiterou Hiram David.
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