O crédito imobiliário atingiu um novo recorde no Brasil, ao movimentar R$ 109,2 bilhões no ano passado. Na comparação com 2012, o salto foi de 32%, bem acima dos 15% projetados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que compila os números da indústria, considerando os financiamentos bancários com recursos provenientes das cadernetas de poupança. Para 2014, a projeção de crescimento é de 15%.
Do montante movimentado ano passado, R$ 76,9 bilhões financiaram os compradores, 60% desse valor foi destinado a compra de imóveis usados. Os outros R$ 32,2 bilhões tiveram como destino as construtoras. O volume foi 15% maior do que em 2012, ano em que o financiamento às empresas do setor havia recuado 20%.
Os números de 2013 elevaram a participação do crédito imobiliário no PIB para 8,1%. Com o resultado, o segmento assumiu a liderança entre as carteiras de crédito no Brasil, com R$ 334 bilhões em estoque. Há seis anos, estava atrás do crédito pessoal (atualmente com R$ 320 bilhões) e do financiamento de veículos (R$ 193 bilhões).
Segundo a Abecip, o aumento na parte financiada do valor do imóvel estava em 47,8% do total em 2005 e se aproximou dos 65% no ano passado. O presidente da Associação, Octavio de Lazari Junior, não acredita em bolha no setor pois o Banco Central limita o financiamento em 80% do valor dos imóveis. “Além de uma entrada elevada – em média 30% do valor total – a maioria dos financiamentos, cerca de 95%, são de imóveis residenciais para compradores que têm a moradia como finalidade”, afirma.
Apesar do salto de 32% no volume de empréstimos em 2013, o número de imóveis financiados subiu apenas 17% (529,8 mil unidades), indicando que boa parte do aumento no volume foi calcado na subida dos preços. De acordo com a Abecpi, outro fator de pressão no valor dos imóveis, é o aumento dos custos da indústria, acompanhado pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). “Acho que daqui para frente os preços vão se manter estáveis, se valorizando de acordo com o custo da indústria. O que observamos nos últimos 10 anos é que a subida de preço dos imóveis, descontado o INCC, foi de 55%, ou 3,7% ao ano. É uma valorização racional”, afirmou o presidente da Associação.
A projeção da Abecip para 2014 é de crescimento mais modesto no volume de empréstimos, em torno de 15%.
Já a inadimplência está seguindo uma trajetória de queda, ao fechar o ano passado em 1,8%.
Com informações do Brasil Econômico.
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