Estudo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com base em levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério do Trabalho concluiu que a construção civil tem a maior geração de emprego e renda, em número de vagas e em qualidade.
Em seu documento, a CBIC aponta características do setor concentrando na realidade dos trabalhadores que atuam nos canteiros de obras.
Além do aumento da escolaridade dos trabalhadores, o estudo aponta crescente melhoria das condições de trabalho e no grau de formalização dos empregos.
A CBIC diz que, entre os empregadores, cresce a cultura voltada para o estímulo aos estudos dos funcionários, o que inclui instalação de bibliotecas e de salas de aula junto aos canteiros de obras.
De acordo com o levantamento, o aumento da escolaridade impulsiona também os salários. Utilizando dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o documento mostra que entre 2003 e 2010 o salário médio inicial dos trabalhadores formais do setor aumentou 35%, descontada a inflação do período. O salário para a atividade, em março de 2009, era de R$ 651,74, subindo para R$ 884,01 em janeiro de 2010.
Em 2009, o ganho salarial dos trabalhadores do setor superou em 5,8% a inflação e, mesmo durante a crise mundial, o setor continuou gerando empregos.
Segundo o estudo entre fevereiro de 2009 e fevereiro de 2010 o número de trabalhadores da construção civil aumentou 8,1%, enquanto os outros mercados de trabalho registraram um crescimento de apenas 3,4%.
A CBIC aponta ainda, através dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, que o incremento nas contratações vem acompanhado de uma elevação da formalização dos empregos. Nos três primeiros meses de 2010 foram criadas 127.694 vagas formais, igual a 19% do total apurado para todos os segmentos econômicos.
O estudo constatou também que a participação das mulheres no setor é cada vez maior, segundo a base de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada anualmente pelo IBGE. Entre 2006 e 2008, aumentou em 69 mil o número de mulheres trabalhadoras em canteiros de obras, elevando o contingente de 171 mil para 240 mil trabalhadoras, com participação de 3,4% no total da mão de obra empregada pelo setor.
Para o Sindicato da Habitação no Distrito Federal (SECOVI/DF), o levantamento feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção vem comprovar cada vez mais como o setor vem crescendo ao londo dos anos. “A tendência é de mais crescimento”, afirma o presidente do Sindicato Carlos Hiram Bentes David.