O conselho que administra o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) deverá, na próxima semana, elevar de R$ 190 mil para R$ 300 mil o valor máximo dos imóveis que podem ser financiados com esses recursos.
O objetivo é aumentar o dinheiro para o crédito imobiliário, o que compensaria em parte a falta de recursos da poupança usados para o financiamento habitacional.
Reportagem da Folha desta quinta-feira (21) revelou que a Caixa, maior financiadora habitacional do país, vai fazer um corte de 20% no crédito para a casa própria, podendo chegar a R$ 25 bilhões.
A proposta do governo tem o apoio de representantes de trabalhadores e empregadores no Conselho Curador do FGTS, que se reúne na próxima terça-feira (26).
Empréstimos com dinheiro do fundo têm juros de até 8,47% ao ano. Para ter acesso a essa taxa, há também a exigência de renda familiar mensal bruta de até R$ 5.400.
Já os recursos da poupança são direcionados aos imóveis entre R$ 190 mil e R$ 750 mil, sem limite de renda, com juros de até 12% + TR ao ano.
Será criada a faixa de R$ 190 mil a R$ 300 mil com FGTS, sem limite de renda e com os juros da poupança. Com isso, o dinheiro da caderneta irá para o crédito a imóveis de maior valor.
INVESTIMENTO
Outro tema que será discutido na reunião de terça é a transferência de R$ 10 bilhões de um fundo de investimento que conta com recursos do FGTS para o BNDES.
O FI-FGTS usa recursos do trabalhador para investir diretamente em projetos de infraestrutura. Pelas regras atuais, não é possível emprestar dinheiro para bancos. Por isso, uma das propostas do governo é alterar essa norma.
Parte dos conselheiros do FGTS é contra a proposta, mas o governo tem poder para aprová-la, pois conta com metade dos votos do colegiado e ainda pode desempatar o placar a seu favor.
Fonte: Folha Online
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