Tal como a maioria dos edifícios considerados modernos no Rio, o Torre Almirante é fruto de um retrofit – restauração e modernização de um edifício antigo. É uma solução para lidar com a
falta de terrenos na cidade, avalia a gerente de pesquisa da Jones Lang LaSalle, Lilian Feng.
Ainda esse ano, serão finalizadas as renovações de três prédios: o Standard Building, no Aterro do Flamengo, o Centro Empresarial Cinelândia e os edifícios Nilomex e Castelo, no Centro. E, dos imóveis comerciais existentes no Rio, apenas 1% está vago, estima o diretor-geral da Colliers no Brasil, Ricardo Betancourt. Isso corresponde a um prédio, ou pouco mais de 30 mil metros quadrados. Em São Paulo, a taxa é de 5,16%. Em um mercado equilibrado, a taxa estaria entre 8% e 9% – diz.
Uma conseqüência disso é o aumento do valor dos aluguéis, de R$44,28 o metro quadrado no
fim de 2006 para R$48,73 no meio deste ano. O acréscimo, de 10,05%, fica bem acima da inflação medida pelo IGP-M no período, de 1,46%.
Para Betancourt, nesse cenário dificilmente haverá queda de preços no Rio antes de 2012. A cidade, no entanto, deve ganhar 114.304 metros quadrados para empresas neste ano e 123.380 metros quadrados no próximo, segundo a Colliers. No primeiro semestre, foram criados 25.832 metros quadrados.
Segundo a CB Richard Ellis (CBRE), de 2000 a 2006, em média, surgiram apenas 10.700 metros quadrados por ano para empresas.
– A demanda por espaços de qualidade está enorme – diz Alberto Robalinho, diretor regional da consultoria americana.
Diante da falta de terrenos e imóveis, uma alternativa tem sido a migração para a Barra da
Tijuca. Pelos cálculos da CBRE, mais da metade (53%) dos imóveis corporativos dos últimos
sete anos surgiram no bairro. Além disso, dos 16 edifícios previstos até 2008, 13 serão na Barra
e três no Centro, segundo a Colliers. Entre os do Centro, será inaugurada uma das duas torres do Ventura Corporate Towers, na Avenida Chile, e um prédio na Cidade Nova a ser ocupado pela Universidade Petrobras, centro de capacitação de funcionários da empresa.
Na Barra são esperados quatro blocos do complexo ION – um a ser ocupado pela programadora Globosat em 2008 -, além do Cosmopolitan Soft Space, do Rio Office Park 8 e do Le Monde, com sete prédios. No bairro, já estão TIM, Vivo, Nokia, Siemens, Esso e Shell. A migração das empresas, nos anos 1990, seria conseqüência da migração residencial de executivos para a região, nos anos 1980.
A concentração de lançamentos deve tornar o bairro o segundo colocado em imóveis
corporativos em 2008, estima a Colliers. Hoje, a posição é de Botafogo, com 385.966 metros
quadrados, enquanto a Barra tem 316.620 dos 3.764.081 metros quadrados construídos na
cidade. O Centro lidera, com 2.811.377 metros quadrados, em uso ou não.
Lilian, da Jones Lang LaSalle, avalia que mudar para a Barra só se justifica para empresas
grandes. Pelas demais, o Centro continuará procurado, pela proximidade de metrô, aeroporto e de muitos clientes. Embora grandes empresas tenham atraído também prestadoras menores para a Barra.
Segundo a executiva, o Rio tem 13 edifícios de alto padrão, sete na Barra. Mas, lembra, para
classificar um empreendimento no Rio como tal, os critérios são menos rígidos que em São
Paulo.
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