Atualmente, a população brasileira está passando por um cenário econômico bastante complicado com o Índice de Confiança do Consumidor e da Indústria em acentuada queda. Houve, o recuo do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) de 1,2%, registrando o menor valor desde 2009.
Da mesma forma, foi verificada queda no nível de atividade da construção civil. Infelizmente, o primeiro trimestre de 2015 trouxe instabilidade ao empresariado, desestímulo a investimentos com a economia fechando mais de 50 mil vagas de emprego, o pior desempenho desde 2001. Neste quadro tempestuoso de crise, insatisfação social e desaceleração econômica, buscam-se os investimentos mais conservadores e seguros e, a compra de imóveis ainda é um deles!!!
Por isso, o Sindicato da Habitação do Distrito Federal (SECOVI/DF) vem a público demonstrar a sua insatisfação com as recentes medidas de redução ao financiamento habitacional com recursos da poupança. A medida entra em vigor amanhã (dia 04/05) e irá atingir os contratos de imóveis usados.
A cota de financiamento cairá dos atuais 80% para 50% nas operações do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) com recursos da poupança, para imóveis de até R$ 750 mil. No Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), o percentual cairá de 70% para 40% pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), quando a prestação começa com valor mais alto e vai reduzindo ao longo do contrato.
Para o SECOVI/DF que representa as empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do Distrito Federal, as medidas adotadas afetam, diretamente, o mercado imobiliário pois diminuirão o número de investimentos. “Com as medidas restritivas de financiamento imobiliário, reduz-se a chance de aquisição da casa própria, além de frear os investimentos no setor que é um dos responsáveis por alavancar a economia do país, gerando mais empregos”, afirma o presidente do Sindicato – Carlos Hiram Bentes David.
Segundo o Boletim de Conjuntura Imobiliária divulgado pelo SECOVI/DF, referente ao mês de fevereiro, o volume de crédito habitacional apresentou estabilidade se comparado ao crédito total e ao Produto Interno Bruto (PIB). O volume de crédito oferecido ao setor habitacional atingiu o valor de 16,92% do volume total de crédito, percentual maior do que o observado no mês anterior que foi de 16,8%. Infelizmente, ao comparar com o PIB, notou-se um crescimento não significante para o volume de crédito para o setor, que foi de 0,08 % quando comparado ao mês de janeiro. Com relação à variação real do montante de crédito relativo ao setor habitacional foi de, aproximadamente, 1,19% na comparação com janeiro.
Por isso, o Sindicato da Habitação repudia as medidas anunciadas de redução ao financiamento imobiliário e acredita que elas serão geradoras de uma crise maior para o país e para o mercado de imóveis. Desde o início do ano, viemos acompanhando o aumento dos juros dos financiamentos habitacionais e, recentemente, o aumento das taxas de juros dos financiamentos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) que já havia reduzido a cota de financiamento para imóveis novos. Essa é uma péssima notícia para o mercado e para economia e deve ser revista, o mais rápido possível!!!
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