Dentro de dois meses, a Terracap quer resolver todas as pendências necessárias para regularização fundiária visando à criação do Setor Taquari 2.
Segundo o presidente do órgão, Antônio Gomes, o projeto está finalizado, falta apenas as licenças ambientais para registrar as terras em cartório e dar início ao processo de licitação.
Enquanto a documentação não sai, a associação dos compradores de lotes no local quer a todo custo provar que a área é particular e não pública. A intenção é instalar um novo condomínio chamado Residencial Tomahawk, localizado próximo ao Setor de Mansões do Lago Norte, com vista para o Lago Paranoá.
Para a advogada da associação, Giselle de Oliveira, o juiz Carlos Divino da Vara do Meio Ambiente determinou a nomeação de um perito para examinar a localização do terreno. Dois engenheiros civis foram escolhidos pela associação para acompanhar os trabalhos.
Entretanto, a regularização do suposto condomínio só seria possível após a inclusão da poligonal do projeto de parcelamento no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot). O diretor técnico da Terracap, Luiz Antônio Reis, contestou a suposta perícia. “Não tenho conhecimento de qualquer intimação ou orientação do juiz; e, se houver, ela será prontamente rebatida pela Terracap”, destacou.
Desde 1992, inúmeras tentativas de implantar o condomínio Tomahawk foram identificadas. Consequentemente, aumentaram também as tentativas de grilagem. Embora a área ainda nem exista no papel, alguns falsos corretores têm feito anúncios na internet em uma tentativa de vender um lote fantasma, sob a promessa de regularização rápida.
Segundo o diretor técnico da Terracap, Luis Antônio Reis, a área onde será construído o Setor Taquari 2 tem aproximadamente 1,4 mil lotes e 4 mil moradores previstos. “O terreno é publico e não tem questionamento. Os títulos e as sucessivas matrículas que eles apresentam têm origem duvidosa, tanto que estão tentando implantar o condomínio há dez anos e sem sucesso. Esperamos que ninguém caia no conto do vigário de que esse condomínio será regularizado”, disse Luiz.
Fonte: Correio Braziliense