A medida faz parte das diretrizes da segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida. O limite da renda familiar mensal bruta para financiamento na área de habitação popular que era de R$ 3,9 mil passa agora para R$ 5,4 mil nos casos de regiões metropolitanas, capitais ou municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes.
Para o presidente do Sindicato da Habitação do Distrito Federal (SECOVI/DF), Carlos Hiram Bentes David, essa medida vem aquecer ainda mais o mercado. “É de incentivos, como esse, que a sociedade espera para realizar a compra da tão sonhada casa própria”, completa.
A segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida, que está sendo lançada pela presidente Dilma Rousseff prevê a construção de 2 milhões de unidades habitacionais. Para isso, estão previstos investimentos de até R$ 125,7 bilhões entre 2011 e 2014. Desse total, R$ 53,1 bilhões serão destinados apenas à financiamentos.
A ampliação das faixas de renda familiar nas áreas urbana e rural é a prioridade da segunda etapa do programa. A meta de atendimento para as famílias que recebem até R$ 1,6 mil por mês na área urbana e até R$ 15 mil anuais na zona rural subirá de 40 % para 60%. Com isso, 1,2 milhão de moradias serão destinadas à famílias de baixa renda.
Para aquelas com renda até R$ 3,1 mil mensais na zona urbana e até R$ 30 mil por ano na área rural, serão 600 mil habitações. Para as famílias que ganham até R$ 5 mil por mês na área urbana e R$ 60 mil anuais na rural, serão 200 mil moradias.
O governo também quer priorizar obras de saneamento básico na segunda etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida.
A Caixa Econômica Federal deverá continuar liderando os desembolsos para o Programa, mas está prevista também a participação de outros bancos que estão entrando no mercado de financiamento.
Este ano, o banco estatal desembolsou R$ 25 bilhões em financiamentos imobiliários. O resultado segue a linha do ano passado, quando a instituição financiou R$ 77 bi para o segmento.