A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) descartou os rumores vindos do exterior a respeito da formação de uma bolha de crédito no país, particularmente no setor imobiliário.
Para o economista da entidade, Rubens Sardenberg, são fora de propósito as afirmações nesse sentido. Sardenberg argumentou que o crédito total no país corresponde a 47% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas), que é considerado um percentual baixo. O economista lembrou ainda que o sistema brasileiro é bastante pulverizado. O segmento imobiliário, por exemplo, responde por apenas 4%, aproximadamente — fatia que está basicamente concentrada na Caixa Econômica Federal. O setor privado está pouco exposto a essa modalidade de crédito.
Para o especialista, os próprios artigos sobre bolha de crédito no país se contradizem quando relatam comprometimento maior da renda do consumidor brasileiro. Sardenberg explica que aqui há um maior comprometimento da renda, porque a taxa de juros é muito alta e o prazo dos financiamentos é curto. Por isso, os cidadãos comprometem uma parcela maior da renda. Por outro lado, pondera, pagam suas dívidas em um intervalo de tempo bem inferior que os norte-americanos. “Apesar disso, o comprometimento da renda é bem menor que a imprensa internacional tem divulgado”, salientou.
Fonte: Correiobraziliense on line