Levantamento da FipeZap revelou que abatimento médio foi de 7,5%, superior à média anterior, de 6,5%
RIO – Com a desaceleração do mercado imobiliário, os proprietários de imóveis estão sendo obrigados a dar um desconto maior na negociação para conseguir vender. Levantamento da FipeZap revelou que, nos últimos 12 meses terminados em março, os imóveis tiveram descontos de 7,5%, em média, no momento da venda, superior à média histórica de 7%.
O percentual acumulado até o fim do primeiro trimestre do ano também ficou acima dos descontos médios de 6,5% nos 12 meses terminados em dezembro de 2013. Apenas 27% das pessoas que compraram casas ou apartamentos no último ano declararam não ter conseguido qualquer redução de preço, segundo a pesquisa Raio-X FipeZap, que analisa o perfil da demanda de imóveis no país.
A combinação entre desaceleração da economia, a alta dos juros e a renda em queda também fez com que diminuísse a parcela de brasileiros interessados em investir em imóveis. Apenas 37% dos que compraram imóveis nos últimos 12 meses o fizeram com intenção de revenda ou aluguel, o menor patamar desde que o levantamento começou a ser feito. A queda se deve, principalmente, à diminuição do investimento para revenda.
A maior parte dos compradores pretende utilizar o imóvel para residência, seja para morar sozinho (43%) ou para dividir (10%). Outros 10% declararam ter comprado um imóvel para que outra pessoa morasse.
EXPECTATIVA DE QUEDA
Pela primeira vez desde que o questionário começou a ser aplicado, a maior parte dos entrevistados (55%) declarou esperar queda de preços dos imóveis nos próximos 12 meses. Entre os que compraram imóveis nos últimos 12 meses, 75% acreditam que os valores estão altos ou muito altos. Já entre quem pretende aduquirir um imóvel, 47% afirfam que os preços estão muito altos e 40% consideram os valores altos.
Menos de 5% dos que compraram imóveis nos últimos 12 meses ou pretendem comprar acreditam que os preços estão baixos ou muito baixos
A maioria dos compradores ainda optou por imóveis usados (59%), um mercado, de fato, maior que o de lançamentos. Porém, metade dos que pretendem comprar algum imóvel nos próximos três meses declarou-se indiferente entre a aquisição de um imóvel novo ou usado.
Foram entrevistadas 1.564 pessoas em todos estados do Brasil entre 8 e 25 de abril para a pesquisa.
Por O Globo
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