Por Carlos Hiram Bentes David – presidente do SECOVI/DF
O Boletim de Conjuntura Imobiliária do mês de março de 2015, divulgado pelo Sindicato da Habitação do Distrito Federal (SECOVI/DF), mostra um cenário econômico pessimista com o Índice de Confiança do Consumidor e da Indústria em acentuada queda. Houve, também, recuo do Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) de 1,2%, registrando o menor valor desde 2009.
Da mesma forma, foi verificada queda no nível de atividade da construção civil. IInfelizmente, o primeiro trimestre de 2015 trouxe instabilidade ao empresariado, desestímulo a investimentos com a economia fechando mais de 50 mil vagas de emprego, o pior desempenho desde 2001. Neste quadro tempestuoso de crise, insatisfação social e desaceleração econômica, buscam-se os investimentos mais conservadores e seguros.
No revés do cenário nacional, o Índice Imobiliário de Comercialização de imóveis do Distrito Federal apresentou valorização no mês de março e acumula alta de 2% no ano. A valorização do índice é fruto da diminuição da oferta que trouxe equilíbrio aos estoques e a uma demanda composta por compradores ávidos por segurança. Um bom indício para os investidores e alento para o setor.
Analisando a rentabilidade dos imóveis residenciais, observou-se que os maiores índices concentraram-se na região de Águas Claras, com exceção para a categoria quitinetes, onde o Guará obteve o maior índice, de 0,52%. Em relação à rentabilidade de imóveis comerciais, destaque para a região de Taguatinga, que obteve a maior rentabilidade na categoria lojas, de 0,76%. Na categoria salas comerciais, a maior rentabilidade foi registrada em Águas Claras, de 0,58%.
No mês de março, a participação de imóveis residenciais para comercialização representou 92,9% da amostra e os imóveis comerciais, 7,1%. Assim como nos últimos meses, os preços mais altos foram observados na cidade de Brasília, em qualquer perfil de imóvel analisado. O maior preço mediano registrado continua sendo o de casas com 4 dormitórios no Lago Sul, atingindo o valor de, aproximadamente, 2 milhões de reais. Entretanto, os valores medianos mais baixos foram encontrados em apartamentos de 1 dormitório em Sobradinho, de R$ 110 mil e em casas com 2 dormitórios no Paranoá de R$ 135 mil. Quanto aos imóveis comerciais, os maiores valores foram verificados no Setor de Indústria e Abastecimento e em Brasília, variando de acordo com o perfil do imóvel.
Em relação ao mercado de aluguéis, a amostra entre imóveis residenciais e comerciais foi de 71,2% para o primeiro perfil e de 28,8%, para o segundo. A maior participação continuou sendo de quitinetes com a proporção de 17,05% da amostra. Por fim, foram observados, no mês de referência, 45.424 imóveis para locação.05% da mostra. Por fim, foram observados, no mês de referência, 45.424 imóveis para locação.
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