Por Miguel Setembrino E. de Carvalho – pres. Conselho Consultivo SECOVI/DF
Os reflexos do péssimo governo de Agnelo Queiroz e do PT no Distrito Federal deixarão sequelas profundas por muitos e muitos anos e que serão sentidas em todos os segmentos da vida candanga.
Saúde, educação, transporte, segurança, autoestima e amor próprio saem dessa experiência traumática em frangalhos. Todos nós, de uma forma ou de outra nos sentimos traídos, abandonados e mal tratados.
Mas, talvez ninguém tenha saído mais prejudicado desse relacionamento nefasto do que àqueles que, desde a primeira hora, se alinharam com as promessas de crescimento conjunto, de desenvolvimento com parceria.
Neste caso específico, desponta o segmento da indústria imobiliária da capital, a genuína indústria brasiliense, que celebrou com o governo que entrava à época, inúmeros protocolos de PPP’s, visando destravar os nós que bloqueavam o nosso progresso enquanto cidade.
Iniciativa moderna, arejada e responsável, que colocava o setor privado, em parceria com o setor público, como um autêntico vetor de crescimento, dividindo com o estado os ônus e bônus dos empreendimentos vitais para o desenvolvimento e valorização de todo o Distrito Federal.
Assim foi pensado em relação ao Setor Noroeste, obra fundamental para a definitiva consolidação do Plano Piloto de Brasília, e último espaço vago da cidade ainda passível de ser ocupado seguindo os ditames urbanísticos projetados por Lúcio Costa.
Então, mãos à obra: a indústria imobiliária projetou o mais moderno e revolucionário bairro verde do país, ao nível da vocação futurista de Brasília; ambientalmente correto, idealizado em termos de sustentabilidade, mobilidade plena, conforto, tranquilidade e paz para os seus novos habitantes.
O apelo positivo foi tamanho, a demanda criada calou tão fundo nos brasilienses, que o Noroeste foi um sucesso de vendas como nunca antes visto nesta capital, com o metro quadrado (virtual) atingindo quantias muito acima do praticado pelo mercado nas demais localidades do DF. Isso porque, o consumidor acreditou na excelência e na consistência do produto ofertado.
Aliás, cabe aqui um rápido parênteses: se há algo que diferencia e fortalece o mercado imobiliário no DF é a predominância esmagadora de empreendedores e agentes de mercado sérios e dedicados que, em pouco mais de meio século de existência de Brasília, fizeram-na tornar-se um dos mercados imobiliários de maior destaque, credibilidade e rentabilidade do país.
Pois bem, com o não cumprimento pelo GDF da parte que lhe cabia em oferecer a infraestrutura acordada na Parceria Público Privada para o bom desenvolvimento do Setor Noroeste, o mercado imobiliário como um todo vem purgando com o descrédito e a perda de credibilidade junto àqueles que sempre confiaram em nosso trabalho e honradez.
Foram quatro anos infrutíferos, de total perda de tempo tentando negociar com políticos e administradores que não honravam a seriedade e o compromisso com a coisa pública e o bem estar geral. Empreendedores e consumidores foram enganados e lançados à própria sorte quando, na verdade, se propunham parceiros em uma obra de enorme interesse coletivo.
Esperamos, sinceramente, uma reviravolta nesse quadro desolador em que se tornou a novela da consolidação do Setor Noroeste. Que o novo governo, malgrado a triste sina de suceder tamanha hecatombe, entenda da necessidade de uma pronta resposta a essa demanda inadiável.
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