Miguel Setembrino E. de Carvalho – Presidente do Conselho Consultivo SECOVI/DF
Ao discursar na última 3ª feira, 24/2, na sede da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), no Rio de Janeiro, em mais um ato em defesa da Petrobrás, Luís Inácio Lula da Silva, conclamou aos “companheiros fanáticos” para irem à guerra contra os inimigos externos da petroleira e àqueles que ousam se manifestar contrariamente ao escândalo que se tornou esse desgoverno petista.
Todavia, mal sabia – como de hábito – o petista que já havia, por si só, proclamado um ato de guerra contra uma nação amiga ao se recusar a receber as credenciais do embaixador da Indonésia no Palácio do Planalto, com o embaixador já presente para a cerimônia, tendo sido desconvidado no último minuto, em um ato que nos manuais da boa diplomacia equivale a uma declaração de beligerância.
Sabedores do histórico desse governo em política externa, tendo sido já merecedor do epíteto de “anão diplomático” – outorgado por diplomata israelense de 3º escalão -, ao se envolver onde não devia, cremos que essa manobra infeliz, birrenta, grosseira, amadora e contraproducente só pode ter brotado no seio do chamado núcleo duro (de doer) de assessores palacianos, preocupados em arrumar um factoide que desviasse os olhares gerais do palco principal, onde a tragicomédia de horrores continua a rolar solta.
O resultado dessa bazófia? Ato contínuo, o governo indonésio anunciou o cancelamento de encomenda de aviões da Embraer provocando mais um buraco nas contas externas da economia nacional. Como se não bastasse, se ainda havia a remotíssima chance de o segundo traficante de drogas brasileiro, condenado à morte, obter algum perdão presidencial, com essa atitude tal possibilidade esvaiu-se por completo. E como não podia deixar de ser, uma vez mais o nome e a autoestima dos brasileiros uma vez mais atirados à lama. Vivo fosse, o Barão do Rio Branco se mataria.
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