Mesmo com a alta de 0,98% no último mês de outubro do Índice Geral de Preços – Mercado, o IGPM, principal indexador do mercado imobiliário, os aluguéis não deverão sofrer grande aumento no Distrito Federal. No mês de setembro o percentual foi de 0,11, uma diferença substancial.
O diretor de relações públicas do SECOVI/DF, Ovídio Maia, reconhece que o IGP-M é o índice mais utilizado para a correção do valor dos aluguéis, entretanto é necessário levar em conta os contratos de locação residenciais, por exemplo, no período de 30 meses com reajustes anuais e não em um mês com variação expressiva do índice.
“Existe uma grande demanda de pessoas esperando o fim dos contratos de aluguel de apartamentos no Plano Piloto. Quando a gente reajusta, muitas vezes o novo preço já não condiz com o seu real valor. Então o inquilino com o contrato vigente leva vantagem em relação ao preço de mercado, se desocupar terá que pagar mais caro ou mudar-se para um local mais distante”, explica Ovídio.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a alta em outubro se deve as variações sofridas no mercado financeiro com a valorização do dólar que ultrapassou o patamar de dois reais.
O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência e sofre diretamente interferências cambiais, devido a 60% dele ser composto pelo Índice de Preços ao Consumidor, o IPC, que tem 37% de seus produtos comercializados no exterior. Vale ressaltar, que 30% do IGP-M é composto também por outro índice, o IPA – Índice de Preços por Atacado – que também possui 97% de produtos comercializados fora do país.
Portanto, não há sinal para alarde! A crise financeira mundial não afetará o mercado como se imagina!! O que continua valendo é o bom senso entre proprietários e inquilinos e a famosa lei da “OFERTA E PROCURA”, finaliza Ovídio.
Ovídio Maia é diretor de Relações Públicas do SECOVI/DF.
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