Na área da construção civil, o tema Sustentabilidade vem ganhando espaço em toda a cadeia que compõe o segmento, desde os fornecedores de materiais de construção, passando por construtoras, empresas de arquitetura e empresas de imóveis. Apesar de Brasília ainda não possuir nenhum prédio construído seguindo esta tendência, o tema já está sendo discutido por aqui. Em março, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio/DF) e o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do Distrito Federal (Secovi-DF) promoveram o Seminário Nacional Construção Civil no Brasil: desafios e oportunidades. Um dos temas que mereceu destaque foi justamente à questão da Sustentabilidade na Construção Civil. Foi um evento muito importante que contou com a participação de 300 pessoas de todo o País, entre empresários do setor, representantes de instituições bancárias e grandes companhias fornecedoras, entre outras.
No seminário foi apresentado um projeto extremamente interessante sobre o tema. Desde 2005, a empresa de engenharia Sustentax vem se especializando em construção “verde” e conta hoje em seu portifólio com dezenas de empresas que se preocupam com a questão ambiental. A empresa prestou consultoria para a agência do Banco Real, em Cotia, São Paulo. A instituição bancária foi a primeira a receber o Selo Verde na América Latina. Para a Sustentax, empreendimentos sustentáveis são àqueles que, harmonizados com o meio ambiente e com a comunidade de sua influência, proporcionam o melhor retorno para seus investidores e proprietários, menores custos, melhor saúde, conforto e produtividade para seus ocupantes. E as grandes empresas já sabem dessa importância. O presidente da Sustentax, Newton Figueiredo afirmou, em palestra na ADEMI-DF, que a razão para o aumento da procura em imóveis sustentáveis é que estes empreendimentos podem ter um aumento no valor de revenda de até 20%. Apesar da construção do imóvel custar 5% mais caro, o retorno pode ser medido pela diminuição dos custos com condomínio. Na oportunidade, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Cássio Taniguchi afirmou que o Setor Noroeste será o primeiro bairro do Brasil, senão o primeiro do mundo, a adotar a sustentabilidade.
Apesar do Distrito Federal ainda não possui nenhum empreendimento verde, com uma preocupação sustentável ainda há tempo de nos redimirmos com a natureza. Dentro dos próprios condomínios a comunidade deve adotar meios sustentáveis de vida, separando o lixo, reutilizando a água e economizando energia. Devemos estar atentos a esta nova tendência mundial, pois agindo de forma sustentável garantiremos a vida nas próximas gerações.
*Miguel Setembrino é presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do Distrito Federal (Secovi-DF)
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