Imobiliárias chegam a oferecer até cinco meses de aluguel grátis

  • 18 de setembro de 2017

Ofertas de desconto alcançam quitinetes e salas comerciais em todo o DF

Numa tentativa de reaquecer  o mercado imobiliário fraco, empresas que administram imóveis para locação fazem de tudo para convencer clientes a fecharem negócio. As imobiliárias chegam a oferecer até cinco meses de aluguel grátis aos potenciais inquilinos. As promoções valem para quitinetes e salas comerciais em diversas regiões do Distrito Federal, inclusive no Plano Piloto. Se para as empresas a tática é boa para garantir um contrato, também pode significar uma grande economia para quem consegue aproveitar as facilidades, como a professora Havany Melo, 31 anos. Ela ficará três meses sem pagar o aluguel de R$ 829 de uma quitinete na Asa Norte, o que lhe renderá uma economia de quase R$ 2.500. “Esse dinheiro foi essencial para fazer a mudança. Ajudou não só no transporte dos móveis que eu já tinha, mas a comprar um sofá e armários”, comemorou.

Apesar de ficar livre do aluguel por algum tempo, o inquilino continua responsável pelas demais despesas: taxas condominiais, IPTU e contas de água e luz. “Chamamos isso de período de carência. De 24 meses de contrato, por exemplo, a pessoa só paga 21. Além disso, alguns proprietários aceitam reduzir o valor cobrado por alguns imóveis para que eles não fiquem vazios”, explicou Michele Maia, assistente administrativa da Imobiliária Bougainville.

“O imóvel deve ser entregue em condições de ocupação, sem nenhum tipo de problema. As taxas condominiais e as contas de água e luz, por exemplo, são obrigações do inquilino. Só em casos extraordinários, despesas que agregam valor ao imóvel, como reformas no condomínio, ficam por conta do proprietário”, alertou o advogado Cláudio Sampaio, especialista em direito imobiliário. Ele observou que não há restrições jurídicas para as táticas usadas pelas empresas, que são ben-vindas em um momento com alto índice de inadimplência nas locações, e destacou que o inquilino nunca deve assinar o contrato sem entender tudo que está acertado, ainda mais em casos de promoções.

Detalhes

Na avaliação do presidente do Sindicato de Habitação do Distrito Federal (Secovi-DF), Carlos Hiram David, o ritmo de locação de imóveis residenciais já está retornando a níveis mais estáveis, mas há muitas salas comerciais vazias. “Os prestadores de serviços, principalmente, ainda sentem a crise econômica. Por isso, há grande volume de imóveis com essas promoções. Esse é um quadro que só tende a reverter com um direcionamento melhor da economia”, apontou.

Apesar do desconto ter pesado na escolha da professora Havany, quando ela decidiu se mudar, o requisito principal era que o imóvel fosse adaptável para conciliar um local para moradia e um espaço para homeoffice. Além disso, era preciso que o condomínio aceitasse animais, já que ela tem dois gatos, e ficasse próximo à Universidade de Brasília, onde ela faz doutorado. “Eu não tenho carro. Antes de fechar o negócio, fiz uma boa pesquisa sobre o local, em que pretendo morar por bastante tempo. Aqui foi onde encontrei o melhor custo-benefício”, contou.

De acordo com o sócio de Locação da Monumental Agência Imobiliária Alexandre Anchieta, o cliente não deve pensar apenas no preço, mas considerar todos os detalhes que podem influenciar na rotina enquanto estiver morando no imóvel escolhido. O primeiro passo, antes de assinar o contrato, é verificar pessoalmente todos os detalhes e instalações. “É importante que seja redigido um documento listando possíveis problemas e o estado em que a casa ou apartamento foi entregue. Assim evitam-se problemas futuros”, aconselhou.

Além do imóvel, é importante conhecer a vizinhança: saber se há muito movimento, se existem escolas e comércio próximos e avaliar o custo de vida na redondeza. “O inquilino deve ler a convenção coletiva do condomínio e se informar sobre todas as regras de boa convivência. É importante saber se o espaço aceita animais e se há alguma restrição de horário para festas ou reuniões”, afirmou.

*Estagiárias sob supervisão deOdail Figueiredo

Fonte: Correio Braziliense

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